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quinta-feira, janeiro 29, 2009

terça-feira, janeiro 27, 2009

estás encerrado nesse corpo não visível

As pernas não te obedecem, o carro da Câmara passa. Na ansiedade de limpeza que destoa da madrugada, molham-te as calças e os sapatos, sujos, no frio anónimo da água. Olham de lado, estás encerrado nesse corpo não visível, nesse apodrecimento proibido a que te condenaste. Como lhes dizer o nada que sentes? Como te fazes ouvir perdido que está o palco? Quem te ajuda para lá do possível disperso anos atrás? Que mais para vender, para dar, para roubar? Que sonhos sobram num deserto bombardeado pelos dias que passam, ínfimos, pelo amarelo dos dedos, entre a memória que não guardas? Como explicar a ânsia que te prende o peito, que te explode em raiva, que te amarra à gelada poça de mijo?

quinta-feira, janeiro 22, 2009

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