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quarta-feira, maio 02, 2007

é estúpido eu sei

Cala-te, deixa-me ser a voz que pretendo, os sonhos que levanto nos quais hesito e perduro e não os faço. Cala-te, sê tu e não me queiras igual, quero espaço, ar (quero ar, quero respirar), quero vida, a minha. Não sou reflexo do teu gesto, nem imagem que segue os teus defeitos (e virtudes, admito, sim admito-o, e só nisso seria já melhor que essas denúncias constantes a que me reduzes), nem consentimento perpétuo que se esquece como me beijas (depois) (os teus beijos são diferentes antes e depois, não me perguntes porquê, nunca a redenção, tua ou doutro, virá assim). Não sou momento sem passado para uma lista que me parece interminável de pretextos, esqueces que me lembro de ontem, da semana passada, do mês? (anos, tens razão, são anos que nos trazem). Queria-te sem dizer como deves ser, queria-te sem investir-me de argumentos pensados sem gritos por arrepender, queria-te só sem o mundo mas o mundo aqui está, não, minto (não é culpa do mundo). Queria-te sem ti, é estúpido eu sei.

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