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quinta-feira, junho 21, 2007

Fez

As mãos dizem-nos o que as palavras de outra língua são incapazes de transmitir. As ruas, mínimas, apertadas de tanta gente, serpenteiam gostos, desejos, sonhos que nunca saberei. Comércios de turista mas reflectindo um passado de glória cumprida, transformada agora em História, em livros e música, lendas mastigadas por séculos de oralidade. Fez. A cidade cruzamento de passagens, repositório de esperanças deixadas de uma Espanha longínqua, escola e casa destes que me dão nela o seu proveito. Lá fora, um deserto domesticado até onde a nudez do olho alcança. Mais a sul, depois do verde amarelado a custo mantido, no Sahara, o retrato presente, imenso, do silêncio que a cingia.

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