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terça-feira, março 10, 2009

mas

Dou-me aos passos no caminho que me leva a casa. Um jardim, umas centenas de metros quadrados de relva reposta, mantida em regadores de horário militar, duas árvores (nunca sei, ou esqueço-me para lá dos pinheiros e eucaliptos, os nomes desta miríade de espécies que habitam tanto os nossos dias como a nossa infância) e hoje uma toalha. Uma mulher, de joelhos, dá de beber à satisfação de um cão por um copo de plástico. Uma menina, de pé, três quatro anos, observa-os como se tudo fosse uma primeira vez. Da varanda, um velho vê-nos a todos, calado e no rosto uma história só sua (memórias não escritas, sonhos por declarar, viagens e beijos antigos, outros jardins meninas saudades) mas naquelas mãos um sorriso.

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