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terça-feira, julho 14, 2009

A minha solidão na tua

Como te queres que te chame? Maria? Que nome esse que a todas vos nomeia. Porque me ri? Por nada, por tudo, porque da estrada que nos leva não adivinhamos as curvas, porque o que tem cara de passagem é muitas vezes destino. O caminho que fiz? Maria, nem te saberia começar essa história tal são os anos e as cidades que a cobrem. Dizem-me que nasci na margem do Douro, num espelho de água que é raro ver-se agora, no ruído do rio, nessa passagem líquida que separa os homens. Há muito que não olho o Douro como devia, apenas lhe uso as pontes e não é mais, hoje, que funil de estradas. Mas depois, chegado por detrás destes montes (é verdade, donde viria o nome desta tua terra?), dos sons da lezíria neste pequeno rio que vos atravessa, o teu rosto o teu corpo em movimento e eu, eu parado a contar o tempo para te dizer olá.

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