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terça-feira, setembro 29, 2009

agora uma árvore que os tapa

A vigiar o exame já com tudo lido, passo a passo pela sala no silêncio possível destes sapatos. Tudo neles concentrado, uns no papel que escrevem, outros no enunciado ou num qualquer padrão do tecto enquanto o problema se estrutura. Deixo-me na janela com as casas velhas mais baixas que este terceiro andar. Num caminho empedrado, no corredor cortado do jardim, uma mulher num cavalo, este castanho e branco num vagar ditado, num resignar de vida; ela calada a falar-lhe por gestos de mão e pé que não entendo. Eles à minha esquerda a cruzar-me os olhos, agora uma árvore que os tapa, agora os dois à direita neste desfilar de minutos. Por fim atravessam o arco e eu de novo a olhar o céu.

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