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sexta-feira, dezembro 04, 2009

são Romas, Zuriques

O som dos que vão e vêm, passos e sacos carregados no ambiente estável de aeroporto. Divides-te entre o relógio e o placar que reporta os aviões chegados, o futuro das próximas horas descrito em números, letras, nomes de cidades, são Romas, Zuriques, Luandas, Rios de Janeiro a cruzarem o ar para fazer-se à pista. Tão comum este regurgitar de pessoas, de destinos opacos embrulhados em malas (verdes, vermelhas, azuis de tamanhos diversos, um aviso essa imagem fácil de diferença que nos previne a mistura. Quão mais difícil é adivinhar os tons nossos, os de dentro?) e tu nelas a deixá-las passar, indiferente aos rostos enquanto não vem o dela. Os minutos passam, o placar muda, eis que chegam em filas iguais às outras, mas aquele chapéu amarelo que se adivinha, que disse que traria e que a separa e ilumina. Levantas-te e ela junto a ti parada, pela primeira vez não separados por telefone ou entre letras de teclado. Não dizes nada porque não consegues, não dizes nada porque tudo em ti num primeiro abraço.

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