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quinta-feira, outubro 21, 2010

uma cadeira velha, vermelha,

Fecho o livro terminado. Foram duas horas de distância, longe da areia, da água e da multidão que nos vizinha. Como no fim de uma viagem olho em redor e tudo se move, jogos de raquete, corridas e passeios, um cão e uma bola juntos, crianças que fogem do chegar quebrado das ondas, um mar de gente neste mar quente de meio-dia. Ao nosso lado, um homem (50 anos e uma cadeira velha, vermelha, com ele em cima) a ver o que sobra do verdadeiro mar, no barco de carga que para sul se afasta (talvez este homem não esteja aqui mas numa qualquer memória revisitada, como outros tantos - eu - que se vêm trazidos à praia por compromissos que não os nossos), e nesse olhar a mulher na revista de pessoas bonitas a fazer comentários que ninguém responde. Sobre esta luz que quase me cega estendo o braço à procura da mão dela e toco-lhe. Ela aperta-me os dedos em resposta e sem palavras diz-me estar o mundo ainda inteiro.

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